
Professora desta oficina, Suely Alves de Souza explica que, atualmente, cerca de 15 alunos fazem parte das aulas, que misturam arte com a conduta sustentável . “Esta proposta surgiu com o objetivo de inserir os nossos alunos no mercado de trabalho, promovendo a profissionalização deles, que passariam a ajudar com a renda de casa com os lucros obtidos com as vendas das peças. Além disto, tudo o que produzimos segue o princípio da sustentabilidade, da reciclagem, pois as caixas que fabricamos vem da bagaça da cana, os cestos de jornais que doam para a gente e as tapeçarias de retalhos e barbantes; ou seja, tudo é reaproveitado e vira arte”, conta a arte-educadora.
Suely ressalta, ainda, que os pais também interagem bastante com a escola, passando a se aproximar mais dos filhos e da realidade por eles vivida no ambiente escolar. “Diversos pais participam do processo de finalização das peças feitas pelos alunos, principalmente a partir do curso de pintura que oferecemos a eles. Assim, muitos passam bem mais tempo com os filhos e podem participar deste processo de resgate da auto-estima perdida por alguns. No final, todos saem felizes, com a certeza de que são valorizados; e o próprio espaço que ganhamos na Flit é uma prova disto, já que veio como um prêmio para nós apaeanos”, finaliza a professora.
Mãe voluntária
Maria Raimunda da Silva é mãe da pequena Ana Vitória, de apenas cinco anos. Como a filha ainda é muito nova, conforme ela mesma explica, Raimunda iniciou primeiro do que ela a participação nas oficinas pedagógicas, mas, pelo interesse demonstrado pela Vitória, esta história logo vai ganhar outro rumo. “Eu sou voluntária na escola e faço as aulas de pintura e crochê. A Ana Vitória, minha única filha e que me faz muito feliz, pois é especial, é muito curiosa, fica perguntando ‘mamãe, como faço isto? Mamãe, como faço aquilo?’ Por isto, eu acho que ela logo-logo vai começar a pintar as primeiras caixinhas, os primeiros cestos, já que mostra tanto interesse por isto”, afirma Maria Raimunda, destacando: “o que a Apae faz pela minha filha e pelos demais alunos especiais é maravilhoso; todos estão bem mais comunicativos e interagindo com o mundo após o início das aulas. Eu só tenho a agradecer a todos por isto.”
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